Saturday, July 31, 2010

Reconheço que o navio saiu do rumo. A ora redefinir é agora!

Depois de um longo e tenebroso período de incursões por outros assuntos, eis que redefino aqui como o espaço do inusitado, da palavra que vem de dentro, da verborragia, da criança que há em mim. Uma porque desabafar preciso e é preciso e outra porque não quero fazer mais do mesmo que todos já fazem... Então, retomo este Cais com assuntos tão meus, tão íntimos, que quase arrisco minhas verdades, minha incompletude, minha solidão. Talvez tudo motivado pela idade de Christo que se aproxima. Isso mesmo, já já vem os 33 e eu ainda não descobri de fato o que faço aqui, nem no mundo... Ainda não me sinto confortável com ser e estar, às vezes nem mesmo com respirar. Ainda aporta em mim aquela dor n'alma, que às vezes cresce e torna-se ansiedade, às vezes lágrima fica e escorre e se esvai. O momento é grave e eu sou um drama ambulante que me quero fazer sorrindo e sorriso. Muitas vezes incompreendido... E será assim eternamente, até o dia de minha morte. Ou até mais além, pois (ironia!), o digital revela o imortal. Qual será o verdadeiro fim? Não sei... Só sei que este é um novo começo. E quem sabe eu perceba e você perceba uma evolução? Ou não! (a frase mais sábia de Caetano!)


Está dado o início. Que me venha!

E como levar a vida tranquilo é o meu desejo maior, nada melhor do que uma oração em forma de música, de Kassin, na voz da querida Bebel Gilberto. Leia, como quem reza e sentirá a força!

Tranqüilo

Levo a vida tranqüilo
Não tenho medo do mundo
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar
Não vou me preocupar

Tranqüilo
Levo a vida tranqüilo
Não tenho medo da morte
Não tenho medo da morte
Não vou me preocupar
Não vou me preocupar

Que passe por mim a doença
Que passe por mim a pobreza
Que passe por mim a maldade, a mentira e a falta de crença
Que passe por mim olho grande
Que passe por mim a má sorte
Que passe por mim a inveja, a discórdia e a ignorância

Tranqüilo
Levo a vida tranqüilo

Que me passe
A doença que me passe
A pobreza que me passe
A maldade que me passe
Que me passe
Olho grande que me passe
A má sorte que me passe
A inveja que me passe
A tristeza da guerra

Tranqüilo
Levo a vida tão tranqüila
Não tenho medo da morte
Não tenho medo da morte
Não vou me preocupar
Não vou me preocupar

No comments:

Post a Comment