Sunday, August 14, 2005

Para quê tanto baque nesse mundo...

Não mais que de repente... Vejo você e sinto profundamente o peso de um olhar triste, um estar melancólico, quase perdido em algum mundo distante. Eis que a tristeza tomou conta de mim... Para quê tanto baque? Para quê tanto peso?
Estrelas, para quê?
Incensos, para quem?
Talvez a espera de um outro verão assuste mais do que antes, ou menos, não sei. Talvez outras flores escorram pelo mar depois de tantas pegadas na areia. Nesse som, não escuto nada além de ilusão, solidão, compromisso com a vertente que esgota, com a fonte que se esvai, com a máscara que arrancada revela o nada, o pulso do vento, que lentamente vem e depois de alguns minutos, simplesmente vai. Não é brisa. É sono. É sonho? Não!
É desamparo que sinto no seu coração. É tristeza que se revela no rosto escondido no meio de um oceano de lágrimas tortuosas na pele. Chega ao pé, escorre ao chão. E do chão reflete este momento.
Tudo passa, mas o rio não é o mesmo. Nada é como se fosse ontem. Quisera ontem não tivesse sido hoje. Quisera saber dos amores e suas armadilhas, de quinquilharias e nuvens em forma de algodão. Quisera saber. Mas, não. Não sei onde chegar, como sair, onde saltar. De repente, não mais que de repente, estou aqui. Lamento!

No comments:

Post a Comment