
O luar, mais uma vez o luar
Ilumina o grande e imenso campo
Florestas por onde passeio, com medo
e rios que desaguam em mim
Não vejo mais o luar
Só posso o sentir
Florestas escuras, terror
Rios límpidos e eu cego
Nessa caixa cheia, há um buraco
Mas, lá fora não vejo a lua
O brilho não chega aos meus olhos
Só a luz cega de objetos móveis
Artificiais, como eu olhando no espelho
Com essa cara de alegre e o luar dentro
À lua, essa deusa escondida, guardada
apresento-me, distribuo-me
E cada pedaço há de encontrar o seu brilho fátuo
Para que ao todo retorne como a grande
e linda lua cheia...
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